Milhões de reais. Centenas de pessoas na equipe de campanha. Dezenas de repórteres cobrindo o dia a dia. Muitos minutos na propaganda eleitoral. Essa é a realidade para Dilma, Serra e, em menor escala, Marina. Mas, para os demais candidatos à Presidência do Brasil nesta eleição de
Ao todo, são nove candidatos que concorrem ao cargo do atual presidente Luís Inácio Lula da Silva. Quatro deles já disputaram a Presidência ao menos uma vez. Em 1998, o Democrata Cristão, Eymael (PSDC) obteve 0,25% dos votos. Na eleição seguinte, em 2002, José Serra (PSDB), conseguiu 23,19% dos votos e foi para o segundo turno, sendo derrotado pelo atual presidente Lula. 2002 também foi a primeira eleição de Zé Maria (PSTU) e Rui Costa (PCO), que conseguiram 0,47% e 0,04% dos votos, respectivamente. Em 2006, dos atuais presidenciáveis, apenas Eymael concorreu e teve 0,07% dos votos.
A eleição de 2010 marca, também, o maior número de candidatos à Presidência desde os 14 candidatos em
Mas registrar-se no TSE e ter o nome na urna no dia 3 de outubro não é tudo. Para conquistar os votos dos cerca de 136 milhões de eleitores registrados hoje no Brasil, será necessário muito trabalho, equipe e, sobretudo, dinheiro. Para não falar
E Levy Fidelix não está sozinho na escolha das "alianças". Se há uma bandeira comum entre todos os candidatos de partidos menores, essa é a falta de espaço para mostrar suas ideias. A reclamação não é limitada ao horário eleitoral gratuito onde cada um deles possui cerca de um minuto, mas, também, para as ausências de convites para os debates e para a falta de cobertura da imprensa. Com isso, os sites, Twitter e os vídeos no Youtube contribuem para divulgar as propostas dos presidenciáveis.
Mesmo com a internet sendo aberta para todos, nenhum dos candidatos soube aproveitar tanto os recursos da rede como Plínio Sampaio (PSOL), curiosamente o mais velho do grupo, com 80 anos. Graças à oportunidade de participar do debate promovido pela Rede Bandeirantes no final de agosto, Plínio mostrou um senso de humor que despertou a atenção dos jovens, tão distantes da política. Com isso, Plínio tornou-se um sucesso nas redes sociais e garantiu a participação em outros debates.
Rui Pimenta, Ivan Pinheiro, Zé Maria, Plínio Salgado, Eymael e Levy Fidelix sabem que as chances de sucesso são reduzidas. Os seus partidos não conseguem fazer campanha por todos os estados, muitas vezes restringindo a ação às capitais. Porém, eles não lançam candidatura apenas para ganhar. De acordo com Rogério Schmitt, consultor político e colunista do site "Congresso em Foco", "esses partidos [nanicos] disputam eleições apenas para divulgar as suas posições doutrinárias entre o maior número possível de pessoas. Seus candidatos jamais chegam a ter a ilusão de possuir chances razoáveis de serem eleitos para qualquer cargo que seja". A eleição também é uma maneira de crescer o partido e, talvez, disputar a eleição seguinte em melhores condições.
Previsões de gastos de campanha (FONTE TSE):
Serra (PSDB) – R$ 180 milhões
Dilma (PT) – R$ 157 milhões
Marina (PV)- R$ 90 milhões
Eymael (PSDC) –R$ 25 milhões
Levy Fidelix (PRTB) – R$ 10 milhões
Plínio Salgado (PSOL) – R$ 900 mil
Zé Maria (PSTU) – R$ 300 mil
Ivan Pinheiro (PCB) –R$ 200 mil
Rui Pimenta (PCO) – R$ 100 mil
Tempo de TV:
Serra (PSDB) – 7min.18s.
Dilma (PT) – 10min.38s.
Marina (PV)- 1min.23s.
Plínio Salgado (PSOL) – 1min.1s.
Eymael (PSDC) – 55s.
Levy Fidelix (PRTB) – 55s.
Zé Maria (PSTU) – 55s.
Ivan Pinheiro (PCB) – 55s.
Rui Pimenta (PCO) – 55s.
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