quinta-feira, 30 de setembro de 2010

MELECA, NINGUÉM,BINLADEN E OBAMA


Candidatos abusam da originalidade para atrair eleitores

"As eleições 2010 está mais parecendo elenco do Programa "A Fazenda" com tantos artistas, dançarinos e sub-celebridades que sairam a candidato." Conheça o ficha tosca novo parceiro do blog do CQC

* Por Denise Homem

Em ano eleitoral a história sempre se repete: desconhecidos utilizam nomes exóticos para ganhar a simpatia de quem vai votar. Obama, Maradona do Brasil, BinLaden, Agenor Bisteca, Meleca, Ninguém, Psiu e Sou Hanário, são exemplos da controversa criatividade dos candidatos, que rivalizam com os profissionais famosos em outras áreas que, mesmo sem ter experiência política alguma, se infiltram nos partidos acreditando somente no prestígio de suas figuras.

Esse expediente é muito usado por “nanicos”, desde a abertura política de 1989, para fortalecer as legendas e ganhar maior representação no cenário nacional. Entretanto, nessas eleições todos os partidos têm “estrelas” que vão de jogadores aposentados e cantores decadentes até ex-BBB e mulheres-fruta dançarinas de funk.

Pipocam frases de efeito enquanto faltam plataformas que justifiquem, minimamente, tais candidaturas. O paraíso político é feito de pão e circo, conforme a famosa receita de Calígula.

Veja a lista ao lado dos candidatos famosos.

ELEIÇÕES DIGITAIS

Os presidenciáveis descobrem o filão virtual

* Por Rodrigo Martins

Há muito tempo que as eleições políticas não são as mesmas, desde o voto indireto a urna eletrônica muita coisa mudou. Depois então da eleição do Presidente dos Estados Unidos Barack Obama, os candidatos a uma vaga no poder legislativo abriram os olhos para uma nova forma de ganhar de votos, a internet.

Nessas eleições os candidatos a presidência criaram seus espaços na web e tentam não só angariar votos , mas também o dinheiro do eleitor, que pode fazer a doação para o seu candidato de preferência, observação não há dedução de no imposto de renda.

Começando pelos mais cotados a ganhar as eleições segundo pesquisa data folha, Dilma Roussef (PT) aparece com um site – www.dilma13.com.br - que lembra o portal de noticias do G1 com vídeos de seu principal apoiador Lula. O site também possui uma ferramenta interessante para os profissionais de comunicação, que é o plano de mídia, mostrando os horários onde serão exibidos os comerciais da campanha da candidata.

O candidato José Serra (PSDB) vem com um site bem arrojado, apostando nas redes sociais como Twitter, Orkut, Facebook, Flick, Youtube, Serra está de olho no futuro com um site leve e colorido que tem maior atratividade para os jovens, sem deixar de ter as cores do Brasil, o saudoso verde e amarelo.

Marina Silva (PV) levou seu discurso verde para a criação do site –www.minhamarina.org.br - que vem com a tons leves que passam tranqüilidade, e também refletem a postura ambientalista da candidata e do partido verde.Para entender melhor o espaço virtual da candidata, podemos compará-lo a um grande blog, passando a idéia de proximidade com Marina Silva.

Já Plínio Arruda (Psol) candidato do Psol parece que resolveu economizar na criação do site – www.plinio50.com.br - o espaço virtual do candidato poucas opções para quem quer pesquisar algo sobre a campanha de arruda.O envio de perguntas e sugestões para Arruda também e dificultado pela necessidade do usuário ter programas específicos para realizar o contato, tornando a comunicação com Arruda complicada.

Porém uma das coisas mais importantes em uma eleição é a comunicação entre candidato e eleitor, não é?Por isso mesmo enviei uma pergunta para todos os candidatos: Quais os seus principais planos para o Rio de Janeiro?.A pergunta foi enviada no dia 17 de agosto e os candidatos Dilma (PT), Serra (PSDB), e Plínio (PSOL), não responderam em um mês de prazo que esperei. A candidata Marina Silva (PV) me enviou um e-mail no mesmo dia em que enviei a pergunta dizendo que questão seria a analisada, mas até agora não obtive uma resposta objetiva do que perguntei.

Enfim, depois de ver o comportamento virtual dos presidenciáveis, e possível notar uma melhora do antigo método de colar cartazes e distribuir santinhos, porém falta agilizar a comunicação direta e a interatividade entre candidato e eleitor.

MUDANÇAS PARA AGARRAR O ELEITOR

Candidatos mudam perfil, discursos e até posições políticas em busca de voto


* por Anderson Gaieski

A vontade de muitos brasileiros é de ocupar um cargo político no país, mas poucos conseguem se candidatar e, este número cai ainda mais quando o assunto é comandar o Brasil. A disputa política sempre foi marcada por partidos opostos. Ambos planejam e, discutem todo o cenário político, além de analisar todas as possibilidades que o futuro concorrente a Presidência da República possui para se eleger. A partir deste momento tudo vira motivo para desenvolver estratégias para convencer o eleitorado e levar às siglas partidárias a conquistar com êxito seu objetivo.

A população que decide a eleição não é mais a mesma que da década de 90 que por muito tempo foi utilizada como modelo pelos “marqueteiros” dos partidos que almejavam vencer uma candidatura na qual estavam trabalhando. A mudança da percepção dos eleitores foi gradativa, mas aconteceu. Eles estão mais atentos aos candidatos e também à plataforma eleitoral de cada um deles. O brasileiro adquiriu ao longo destes 20 anos mais maturidade para diante do poder de escolher melhor quem vai governar o Estado ou o país.

A agente de viagens e guia turística Carla Botelho, freqüenta as comunidades carentes do Rio de Janeiro para apresentar aos visitantes estrangeiros os projetos sociais da cidade. Devido ao contato próximo com a classe baixa, alvos dos políticos em época de eleição, a jovem de 32 anos afirma que a mentalidade da população mais necessitada mudou e pode ser percebida através de pequenas conversar e atitudes:

“-Ô Moça, não adianta mais chega aqui e trazê um pé de sapato e dizê que vai dá o outro depois da eleição! A gente qué água no cano e escola pras criança! – Escutar isto de pessoas em áreas pobres da cidade me faz entender que a demagogia e o discurso vazio que antes funcionava bem em época eleitoral, está com os seus dias contados”

Já o produtor de eventos, Beto Junior, de 39 anos, percebeu alteração nos discursos dos candidatos:

- Antes da era Lula, as únicas campanhas eleitorais que se preocupavam em reivindicar mudanças no campo social, eram as de oposição. Agora, com um governo que consolidou a sua posição tendo como marca as transformações e investimentos nas políticas de transformação social, vê-se a campanha de Jose Serra – ex candidato da situação – tomar como base o investimento em programas sociais para tentar abocanhar uma parcela da sociedade antes desprezada.

Com a mutação de pensamentos e das ideologias dos eleitores, quem agora precisa correr atrás de novas alternativas para que o discurso seja afinado e convincente, são os profissionais de marketing dos partidos que precisaram se reciclar para continuarem arrecadando votos.

A novidade nesta eleição parece ser a coincidência entre os três candidatos mais bem cotados nas pesquisas eleitorais para presidência do país. José Serra virou Zé, amigo do povo. Dilma Rousseff se transformou em Dilma, a mãe do povo. Marina Silva coube o papel de anunciar o apocalipse do planeta. Eles foram submetidos a um processo visível de reconstrução de imagem para tentarem ser eleitos e administrar o país.

É inevitável que os candidatos tomem uma nova postura depois que seus nomes foram homologados na Junta Eleitoral (TRE). De acordo com o “marqueteiro”, Vespa, que trabalha há 15 anos neste seguimento de construção de carreiras políticas:

- O modo com que a informação chega até a população é rápida e as ações devem ser tomadas com agilidade. Hoje, é imprescindível que o candidato se aproxime ao máximo de quem decide a votação. A maneira de agir, falar, de se comportar, as expressões corporais e até mesmo o vocabulário sejam modificados para atingir mais facilmente a identificação com o eleitorado daquela região onde a campanha esta sendo executada.”

A transição de postura, tanto da população quanto dos candidatos ao Palácio do Planalto foi uma evolução dos tempos.

Segundo a historiadora, Maria Regina Pint , de 64 anos, dois momentos marcaram a política nestas últimas duas décadas: - Durante o período da campanha eleitoral para a re-eleição de Fernando Henrique Cardoso, uma vez que o grande mote eleitoral, a estabilização econômica (mesmo que irreal no contexto da época) já estava contemplada, restava apenas, para combater às críticas da oposição ao seu governo, começar a planejar transformações e propor investimentos efetivos no campo social.

Quando não o presidente não consegue cumprir as promessas de campanha de investimentos na área, não faz o sucessor e abre o flanco para a primeira eleição de LULA que já pleiteava pela terceira vez o cargo de presidente da república.

Ao final do segundo mandato do presidente, vê-se um total direcionamento das campanhas eleitorais para as transformações no campo social como forma de melhorar a qualidade de vida das pessoas. As campanhas de oposição chegam ao ponto de lançar plataformas de governo que sequer mencionam outros pontos que não sejam investimentos no campo social.

Nota-se claramente uma total inversão de valores, antes o clientelismo e a busca pela estabilização econômica dominavam o cenário – agora os investimentos na melhoria de qualidade de vida em longo prazo, e quem sai beneficiado é o povo porque consegue pleitear com mais clareza um mandato voltado para atender as suas necessidades mínima -, concluí, Maria Regina.

Com isto a legislação que rege e determina o que pode e o que não pode nas eleições também teve que ser alterada. As novas tecnologias, como, a internet ampliou a abrangência das campanhas, assim, facilitando a rapidez das propostas dos candidatos.

PEQUENOS PRESIDENCIÁVEIS E UM GRANDE E QUASE IMPOSSÍVEL SONHO

Candidatos de pequenos partidos lutam contra falta de dinheiro, tempo na TV e anonimato.


* Por Thiago Pinheiro

Milhões de reais. Centenas de pessoas na equipe de campanha. Dezenas de repórteres cobrindo o dia a dia. Muitos minutos na propaganda eleitoral. Essa é a realidade para Dilma, Serra e, em menor escala, Marina. Mas, para os demais candidatos à Presidência do Brasil nesta eleição de 2010, a história é bem diferente.

Ao todo, são nove candidatos que concorrem ao cargo do atual presidente Luís Inácio Lula da Silva. Quatro deles já disputaram a Presidência ao menos uma vez. Em 1998, o Democrata Cristão, Eymael (PSDC) obteve 0,25% dos votos. Na eleição seguinte, em 2002, José Serra (PSDB), conseguiu 23,19% dos votos e foi para o segundo turno, sendo derrotado pelo atual presidente Lula. 2002 também foi a primeira eleição de Zé Maria (PSTU) e Rui Costa (PCO), que conseguiram 0,47% e 0,04% dos votos, respectivamente. Em 2006, dos atuais presidenciáveis, apenas Eymael concorreu e teve 0,07% dos votos.

A eleição de 2010 marca, também, o maior número de candidatos à Presidência desde os 14 candidatos em 1989. A partir de 1994, as eleições sempre tiveram poucos concorrentes. Foram sete em 2006, seis em 2002 e oito em 1994. Uma das explicações para o crescimento dos postulantes é o fim da verticalização, como explica o cientista político David Fleischer, professor da Universidade de Brasília (UNB): - Em 2002 e 2006, não valia a pena lançar candidatura própria. Hoje, isso voltou a ser um bom negócio”. Nas últimas eleições, por causa da verticalização, que obrigava os partidos a reproduzirem as alianças feitas para presidente em todos os estados, os partidos preferiam deixar de concorrer para terem liberdade de composição nas eleições para governador.

Mas registrar-se no TSE e ter o nome na urna no dia 3 de outubro não é tudo. Para conquistar os votos dos cerca de 136 milhões de eleitores registrados hoje no Brasil, será necessário muito trabalho, equipe e, sobretudo, dinheiro. Para não falar em propostas. Como falta dinheiro e convites para participar de debates, os candidatos dos partidos nanicos focam na internet, considerada por Levy Fidelix (PRTB) "um forte aliado para divulgar suas propostas de governo".

E Levy Fidelix não está sozinho na escolha das "alianças". Se há uma bandeira comum entre todos os candidatos de partidos menores, essa é a falta de espaço para mostrar suas ideias. A reclamação não é limitada ao horário eleitoral gratuito onde cada um deles possui cerca de um minuto, mas, também, para as ausências de convites para os debates e para a falta de cobertura da imprensa. Com isso, os sites, Twitter e os vídeos no Youtube contribuem para divulgar as propostas dos presidenciáveis.

Mesmo com a internet sendo aberta para todos, nenhum dos candidatos soube aproveitar tanto os recursos da rede como Plínio Sampaio (PSOL), curiosamente o mais velho do grupo, com 80 anos. Graças à oportunidade de participar do debate promovido pela Rede Bandeirantes no final de agosto, Plínio mostrou um senso de humor que despertou a atenção dos jovens, tão distantes da política. Com isso, Plínio tornou-se um sucesso nas redes sociais e garantiu a participação em outros debates.

Rui Pimenta, Ivan Pinheiro, Zé Maria, Plínio Salgado, Eymael e Levy Fidelix sabem que as chances de sucesso são reduzidas. Os seus partidos não conseguem fazer campanha por todos os estados, muitas vezes restringindo a ação às capitais. Porém, eles não lançam candidatura apenas para ganhar. De acordo com Rogério Schmitt, consultor político e colunista do site "Congresso em Foco", "esses partidos [nanicos] disputam eleições apenas para divulgar as suas posições doutrinárias entre o maior número possível de pessoas. Seus candidatos jamais chegam a ter a ilusão de possuir chances razoáveis de serem eleitos para qualquer cargo que seja". A eleição também é uma maneira de crescer o partido e, talvez, disputar a eleição seguinte em melhores condições.

Previsões de gastos de campanha (FONTE TSE):

Serra (PSDB) – R$ 180 milhões

Dilma (PT) – R$ 157 milhões

Marina (PV)- R$ 90 milhões

Eymael (PSDC) –R$ 25 milhões

Levy Fidelix (PRTB) – R$ 10 milhões

Plínio Salgado (PSOL) – R$ 900 mil

Zé Maria (PSTU) – R$ 300 mil

Ivan Pinheiro (PCB) –R$ 200 mil

Rui Pimenta (PCO) – R$ 100 mil

Tempo de TV:

Serra (PSDB) – 7min.18s.

Dilma (PT) – 10min.38s.

Marina (PV)- 1min.23s.

Plínio Salgado (PSOL) – 1min.1s.

Eymael (PSDC) – 55s.

Levy Fidelix (PRTB) – 55s.

Zé Maria (PSTU) – 55s.

Ivan Pinheiro (PCB) – 55s.

Rui Pimenta (PCO) – 55s.

TOME SEU PARTIDO

Nestas eleições são 29 partidos disputando cargos eleitorais


* por Netto Jordão

No dia três de outubro, mais de 130 milhões de brasileiros irão às urnas para votar. Neste ano serão escolhidos o Presidente da República, Deputados (Federais e estaduais), Governadores e Senadores. A novidade fica por parte do senado, serão dois candidatos eleitos em cada Estado. O eleitor, portanto, deverá optar por dois senadores de sua preferência.

Os eleitores deverão comparecer para votar portando seu título de eleitor e um documento com foto. Mais de um milhão de eleitores, de 60 municípios de 23 estados brasileiros, votarão através de urnas com leitor biométrico, que permitem a identificação de eleitores através da impressão digital. Esta tecnologia exclui a possibilidade de uma pessoa votar no lugar de outra. Em 2018, o TSE prevê que 150 milhões de brasileiros estejam aptos a votar por este sistema.

As eleições 2010 chamaram a atenção pelo excessivo número de partidos políticos, são 29 no total. Na acirrada disputa estão partidos tradicionais, como o Partido dos Trabalhadores (PT), fundado em 1980, o qual faz parte o atual Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, assim como sua candidata, Dilma Rousseff.

O PSDB, Partido da Social Democracia Brasileira, fundado em 1988, elegeu em 1994 o tucano Fernando Henrique Cardoso, reeleito em 1998. O partido possui como candidato à Presidência José Serra, 2º colocado nas pesquisas de intenções de voto.

Os demais candidatos à Presidência são: Américo de Souza, do Partido Social Liberal (PSL); Ivan Pinheiro, do Partido Comunista Brasileiro (PCB); José Maria Eymael, do Partido Social Democrata Cristão (PSDC); Levy Fidélix, do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB); Marina Silva, do Partido Verde (PV); Mário de Oliveira, do Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB); Oscar Silva, do Partido Humanista da Solidariedade (PHS); Plínio Sampaio, do Partido Socialismo e Liberdade (Psol); Rui Pimenta, do Partido da Causa Operária (PCO) e Zé Maria, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU).

Alguns partidos deixaram de existir ou mudaram suas ideologias e siglas, é o caso de partidos como o PSN (Partido Solidarista Nacional), que agora atende pela nomenclatura PHS, Partido Humanista da Solidariedade. O Partido Comunista Brasileiro (PCB) agora é o PPS (Partido Popular Socialista), a exemplo do Partido Democrata Cristão (PDC) que agora atende por PSDC – Partido Social Democrata Cristão. Outra mudança ocorreu no PRT – Partido Revolucionário dos Trabalhadores, o qual mudou sua nomenclatura para Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). Mais um adepto destas mudanças foi o Partido da Reconstrução Nacional (PRN), agora PTB – Partido Trabalhista Cristão.

Para um partido ser criado faz-se necessário a obtenção da assinatura de 101 fundadores, logrados em pelo menos nove estados. Posteriormente, registra-se a legenda no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São necessários em torno de 430 mil eleitores para o registro. Em seguida, o partido participa de eleições, recebe dinheiro do fundo partidário e ocupa o horário político no rádio e na TV.

O que é um partido político?

De acordo com o dicionário, “um partido político é um grupo organizado formal e legalmente constituído, com base em formas voluntárias de participação, em uma associação orientada para influenciar ou ocupar o poder político em determinado país”. O partido político é uma pessoa jurídica de direito privado, cujo estatuto deve ser registrado na Justiça Eleitoral.

Um partido é criado para ser a expressão política e ideológica do grupo de pessoas que o compõe. Não é difícil, portanto, observar as diferentes nomenclaturas que identificam cada partido, são comunistas, socialistas, democratas, entre outros. Ao optar pelo candidato de determinado partido político estamos indo de acordo com a política e ideologia que o partido defende.


Quais são os partidos?

Confira os 29 partidos que estão concorrendo nestas eleições, segundo o Tribunal Superior Eleitoral

PARTIDOS POLÍTICOS 2010

Partido dos Aposentados da Nação – PAN

Partido Comunista Brasileiro - PCB

Partido Comunista do Brasil - PC do B

Partido da Causa Operária – PCO

Partido Democrático Trabalhista - PDT

Partido da Frente Liberal - PFL

Partido Humanista da Solidariedade - PHS

Partido Liberal - PL

Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB

Partido da Mobilização Nacional - PMN

Partido Progressista - PP

Partido Popular Socialista - PPS

Partido da Reedificação da Ordem Nacional – PRONA

Partido Republicano Progressista - PRP

Partido Renovador Trabalhista Brasileiro - PRTB

Partido Socialista Brasileiro – PSB

Partido Social Cristão - PSC

Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB

Partido Social Democrata Cristão - PSDC

Partido Social Liberal - PSL

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados - PSTU

Partido dos Trabalhadores – PT

Partido Trabalhista Brasileiro - PTB

Partido Trabalhista Cristão - PTC

Partido Trabalhista do Brasil- PT do B

Partido Trabalhista Nacional - PTN

Partido Verde - PV

Partido Socialismo e Liberdade - P-SOL

Partido Republicano Brasileiro - PRB


POLÍTICA EM DEBATE NA UCAM

Evento foi marcado pelo clima ameno e passivo. Candidatos a deputado federal e estadual apresentaram suas propostas sem deferir nenhuma acusação ou crítica aos demais convidados

* Por Netto Jordão

O campus Tijuca realizou, na quinta feira (16), no pátio de eventos, um debate político com a presença dos candidatos a Deputado Federal, Alessando Molon, Antonio Carlos Biscaia, Chico Alencar e Marcelo Itagiba. A candidata à Deputada Estadual, Aspásia Camargo também esteve presente.

A coordenadora do curso de Comunicação da unidade, Thaís Viera de Lima, foi a cerimonialista do evento, presidido pelo Diretor Rogério Tupinambá. Cada candidato teve 15 minutos para apresentar suas propostas aos professores, alunos, funcionários e demais presentes.

Antonio Carlos Biscaia, candidato a deputado federal pelo PT, iniciou o debate agradecendo ao reitor da UCAM, Prof. Candido Mendes, e ao diretor Rogério Tupinambá. Segundo ele, “Candido Mendes é o símbolo da plenitude democrática, um homem que está sempre em defesa dos direitos humanos”.

O candidato chama a atenção dos jovens para que votem com consciência. Para ele, a sociedade estereotipa demais os políticos, achando que todos são corruptos e não cumprem o que prometem. “É necessário que a juventude reflita e tenha consciência do que é o voto, de que ele é uma ferramenta e um exercício da cidadania”, destacou.

Para Biscaia, as necessidades primordiais são: saúde, transporte e moradia. A educação está em outro patamar, “a educação é a base da transformação social e política de uma sociedade e, portanto, deve estar ao alcance de todas as pessoas”, afirmou.

Carlos Biscaia finalizou seu discurso reiterando seu comprometimento com a ética, “a ética sempre fez parte da minha vida. São 30 anos no Ministério Público que podem comprovar isso. Meu compromisso primordial é com a ética na política, com honra e dignidade”, finalizou.

Única mulher entre os convidados, a candidata a deputada estadual pelo Partido Verde (PV), Aspásia Camargo, saudou os presentes e destacou o papel político do reitor da UCAM, Prof. Candido Mendes, ao caracterizá-lo como emissor e protetor da democracia.

A candidata acredita que os jovens, no futuro, mudarão o pais. “Quando o plenário estiver repleto de jovens, tenho certeza de que a política estará no seu caminho correto e repleto de “fichas limpa”, destacou.

Aspásia enfatizou seu doutorado em Sociologia e seus feitos políticos, destacando que foi secretária estadual de Cultura, vice-ministra do meio ambiente e também foi relatora da CPI da Saúde. “Meu lema é o desenvolvimento sustentável. É possível alcançá-lo através de uma economia efetiva, com recursos tecnológicos, inclusão digital e incentivo às pequenas e médias empresas”, comentou.

Outra preocupação é com o meio ambiente, para ela esse problema é uma via de mão dupla e requer atenção e colaboração de todos, “não adianta apenas defender o meio ambiente, mas também as pessoas, pois são elas que farão um mundo melhor para se viver”, encerrou.

Chico Alencar, candidato do PSOL, destacou a Universidade Candido Mendes pela sua iniciativa. “Fico honrado em participar deste evento e ver que a Candido Mendes está realizando a sua função como universidade, que é a de ensino, pesquisa e extensão”, disse.

Para Chico é necessário que na política se defenda as boas ideias e as causas justas. Ele alerta os jovens em relação aos inúmeros candidatos deste ano. “Eleição é tempo de engano e de mentira, a maioria tem ótimas propostas, o que não quer dizer que serão cumpridas”, concluiu.

Alencar, entre suas propostas, almeja destinar 10% do orçamento do PIB (produto interno bruto) para a educação. Ao falar sobre o meio ambiente, Chico criticou os programas existentes e diz estar preocupado com a situação. “A questão ambiental é uma preocupação constante, porém, é periférica na prática. Políticas ambientais profundas serão necessárias para que o problema comece a retroagir”, encerrou.

O Deputado Federal pelo PSDB, Marcelo Itagiba, elogiou o reitor Candido Mendes dizendo que sua mente é democrática e instigante. Agradeceu ao diretor Rogério Tupinambá e ao campus Tijuca pelo convite.

Itagiba quer se reeleger para dar continuidade ao que fez nos últimos quatro anos. Dentre suas propostas, ele destacou o fim do foro privilegiado, o que obriga as autoridades dos três Poderes a responderem da mesma maneira que respondem os cidadãos comuns. Para ele, o sistema penitenciário deve tratar da mesma maneira presos com ensino superior e quem não tem diploma, sem o benefício de celas individuais. “Os presos que possuem ensino superior deveriam ser condenados com penas superiores aos que não tem diploma”, afirmou.

Molon foi o último, e não menos importante, candidato a realizar o seu discurso. O candidato do PT defende o apoio à juventude, para ele os jovens são o futuro do Brasil. “No governo Lula as mudanças na educação começaram e cresceram. Os investimentos aumentaram, no entanto é preciso mais para que o país se desenvolva”, disse.

Co-autor do projeto de lei que garante meia passagem para estudantes do ensino superior, Alessandro Molon, que foi Deputado Estadual por oito anos, prometeu lutar pelo incentivo das empresas ao primeiro emprego para jovens, pela solidificação entre educação e cultura, e também pelo acesso às tecnologias da informação através da internet banda larga.